Sabe quando você pega uma partitura que tem um acompanhamento para violão e vê todos aqueles acordes que não tem a mínima ideia de como tocá-los? Pois é, uma vez um professor chegou pra mim e mandou eu fazer o acompanhamento, tinha de tudo que era acorde lá, uma tal de SUS, Omit, Maj, felizmente eu sabia montar alguns acordes (tríades), mas infelizmente não fazia ideia do que fosse essas coisas que os acompanhavam. Bem é claro que o professor me explicou o que era, e daí ficou tudo mais fácil pra mim. Para os que já sabem disso, ótimo, só deem uma lida para relembrar, e para os que não sabem (por enquanto) é essencial ler esta publicação. Então vamos começar!
TRÍADE:
Tríade é uma sequência de três notas que dão origem a um acorde, sendo a sua lei de formação:
I - III - V, esta é a sequência de notas da escala do acorde que você deseja formar.
Exemplo:
Digamos que eu queira formar uma acorde de dó maior (C), de imediato precisaremos da escala de dó maior. Veja:
C - D - E - F - G - A - B - C (oitava)
A primeira nota da escala de dó maior é o próprio dó (C), a terceira nota da escala é mi (E), a quinta nota da escala é sol (G), ou seja a tríade do acorde de dó maior são as notas dó, mi, sol. Se você quer formar um acorde menor, deve utilizar esta fórmula:
I - III b (bemol) - V
Se você quer montar um acorde diminuto, utiliza esta fórmula:
I - III b - V b
Bem , agora prestem atenção estas são as leis de formação das tríades, porém existem regras para os acordes: Os I, III, VI, VII podem ser maiores, menores aumentados e diminutos, enquanto os IV, V e os VIII graus podem ser JUSTOS, aumentados ou diminutos.
Já na questão de SUS, Maj e Omit vou explicar agora.
SUS - Significa suspender a determinada nota do acorde. Exemplo: Csus5, você vai tirar a quinta nota que forma o acorde.
Omit - Significa omitir, deixar oculto, tirar a determinada nota do acorde. Exemplo: D(omit3) quer dizer que você vai deixar de tocar a terceira nota que forma o acorde.
Maj - É a abreviação da palavra espanhola "Major" que traduzindo do espanhol para o português significa "maior", outros símbolos podem ser utilizados para a representação de acordes dessa categoria como M e +. Estes símbolos equivalem a um sustenido. Exemplo: CMaj7 (C7+ ou C7M), significa que você irá adicionar meio tom acima (#) na determinada nota do acorde.
Mas quando aparece aquela historia de D7(9), B7(9b)...? Nada de ficar apavorado(a) são apenas detalhes. Todos os números que aparecerem depois do acorde significar o grau da escala do acorde que vocês vão adicionar a ele. Exemplo: D7(9), é simplesmente um D com a sétima nota da da escala de D e a nona nota da escala de D, por isso que tem o 9 e o 7.
E quando aparece um bemol em um deles? Quer dizer que você irá abaixar meio tom no grau em que a nota está. Exemplo: B7(9b), é simplesmente o B com a sétima nota da escala de B, mais a nona nota bemol da escala de B.
Para que é cabeça dura e não entendeu, pra quem acha que eu não expliquei direito, ou pra quem não quer saber apenas isso, como dizem os cearenses, Aí vai mais uma "chibatada" de coisas sobre a formação dos acordes. Primeiro, um documento que retirei do site www.cifras.com.br, enviado por P!ATD.
link da página:http://www.cifras.com.br/tutorial.htm?cod=formacao-de-acordes_161
Segundo, um link para download PDF, Teoria de formação dos acordes.
1 - FORMAÇÃO DE ACORDES
Parte 1:
Na teoria musical para guitarra, a formação de acordes exerce uma grande influência sobre o aprendizado de outras matérias. Um guitarrista que domine a formação de acordes terá muito mais liberdade ao compor e interpretar, devido à maior variedade de desenhos de acordes disponíveis para uso.
Você sabe que cada casa pressionada no braço da guitarra emite uma determinada nota.
A primeira corda solta é um E, pressionada na casa 1 é um F, pressionada na casa 2 é um F#,etc...
Logo, para fazer um acorde, devemos pressionar as casas correspondentes às notas que aquele acorde utiliza, certo?
Todo acorde (Cm, F#, D7, etc...) é formado por uma tríade (ou tétrade) de notas, sendo a principal delas (a tríade) formada por uma tônica (T) , responsável por dar o nome ao acorde (a tônica é necessariamente a nota mais grave do acorde), uma terça (III), que indica se o acorde é maior ou menor e uma quinta (V), que indica se o acorde é dissonante ou consonante.
Parte 2:
Lembrando que:
Dissonante: dá ao ouvido uma sensação de "movimento"
Consonante: dá ao ouvido uma sensação de "repouso"
Bem, já aprendemos que uma tríade é um conjunto de 3 determinadas notas. Vamos ver o exemplo de Dó:
C.....C#.....D.....D#.....E.....F.....F#.....G.....G#.....A .....A#.....B.....C
Ou seja:
I: C
II: D
III: E
IV: F
V: G
VI: A
VII: B
VIII: C
Logo, a tríade de Dó é:
I + III + V = C + E + G
Partindo da mesma fórmula, podemos obter a seguinte tabela de tríades:
.......I.....III.....V
C.....C.....E.....G
D.....D.....F.....A
E.....E.....G.....B
F.....F.....A.....C
G.....G.....B.....D
A.....A.....C.....E
B.....B.....D.....F
Tipologia das tríades
A tipologia da tríade é basicamente sua configuração estrutural considerando os intervalos entre os graus (notas).
Podemos considerar a existência de quatro formas básicas de tipologia de tríades:
Maior
Menor
Aumentada
Diminuta
Mas antes de prosseguirmos, vamos relembrar alguns detalhes:
Primeiramente, relembraremos os nomes dados aos graus da escala:
1º grau – TÔNICA
2º grau – SUPERTÔNICA
3º grau – MEDIANTE
4º grau – SUBDOMINANTE
5º grau – DOMINANTE
6º grau – SUPERDOMINANTE
7º grau – SENSÍVEL OU SUBTÔNICA (em determinadas escalas)
8º grau – TÔNICA
Tônica é a nota da qual a escala tira seu nome. É obrigatoriamente a nota mais grave.
A supertônica é o grau logo acima da tônica (super=acima de).
A mediante é o grau que fica entre o primeiro e o quinto graus.
A subdominante
recebe este nome por vir logo antes da dominante, que é o grau mais
“importante” depois da tônica, e que é sucedido obviamente pela
superdominante.
A sensível, ou nota atrativa, recebe este nome por dar a impressão de tender a subir para o oitavo grau. Isso se explica pelo fato de que a sensível fica a meio tom da tônica. Quando, devido à construção de determinada escala, a sensível fica a 1 tom da tônica, recebe o nome de subtônica.
Para compreendermos melhor os esquemas a seguir, vamos ainda relembrar rapidamente alguns aspectos sobre os intervalos:
Os intervalos são, essencialmente, a distância entre as notas. O nome do intervalo é caracterizado por lembrar o número de graus abrangidos.
Regra: "Os I, III, VI e VII graus podem ser maiores, menores, aumentados ou diminutos. Os IV, V e VIII graus podem ser justos, aumentados ou diminutos."
Legenda:
M – maior
m – menor
A – aumentado
º ou dim – diminuto
J – justo
Listagem de intervalos:
Usando o exemplo de Dó Maior
2M - está a 1 tom da tônica (D)
2m - está a meio tom da tônica (Db)
2A - está a 1 tom e meio da tônica (D#])
2º - não existe
3M - está a 2 tons da tônica (E)
3m - está a 1 tom e meio da tônica (Eb)
3A - está a 2 tons e meio da tônica (E#)
3º - está a 1 tom da tônica (Ebb)
4J - está a 2 tons e meio da tônica (F)
4A - está a 3 tons da tônica (F#)
4º - está a 2 tons da tônica (Fb)
5J - está a 3 tons e meio da tônica (G)
5A - está a 4 tons da tônica (G#)
5º - está a 3 tons da tônica (Gb)
6M - está a 4 tons e meio da tônica (A)
6m - está a 4 tons da tônica (Ab)
6A - está a 5 tons da tônica (A#)
6º - está a 3 tons e meio da tônica (Abb)
7M - está a 5 tons e meio da tônica (B)
7m - está a 5 tons da tônica (Bb)
7A - está a 6 tons da tônica (B#)
7º - está a 4 tons e meio da tônica (Bbb)
8J - está a 6 tons da tônica (C)
8A - está a 6 tons e meio da tônica (C)
8º - está a 5 tons e meio da tônica (Cb)
Tendo estas informações em mente, podemos prosseguir:
Acorde Maior:
Este nome é dado pela tipologia da tríade, que funciona da seguinte forma:
Entre o I grau e o III grau temos um intervalo de 3ª maior (ou seja, 2 tons). Entre o III grau e o V grau temos um intervalo de 3ª menor (ou seja, 1 tom e 1 semitom).
Lembrando:
Fórmula do acorde maior:
I grau >> 2 tons >> III grau >> 1 tom e meio >> V grau
Vamos então formar alguns acordes maiores:
C
I grau: Dó
III grau: Mi
V grau: Sol
Formada a tríade, vamos analisar se a fórmula foi respeitada:
Dó__Dó#__Ré__Ré#__Mi
---ST--ST--ST---ST---------- 2 tons
Mi__Fá__Fá#__Sol
--ST--ST---ST------------ 1 tom e meio
Agora chegamos num ponto onde outra parte da teoria musical se faz presente: os acidentes.
Vejamos outro exemplo:
Lembrando também da regra básica para a formação de escalas:
T T ST T T T ST
D
D...E...F...G...A...B...C...D
De D a E temos um tom (T).......... ok
De E a F temos um semitom.......... mas deveríamos ter um tom de acordo com a fórmula: T T ST T T T ST
Sendo assim, o que podemos fazer é criar um acidente na nota Fá, aumentando-a em um semitom e tornando-a F#.
Desse modo, teremos cumprido o que diz a fórmula da formação de escalas.
Continuando:
De F# a G temos um semitom..........ok
De G a A temos um tom..........ok
De A a B temos um tom..........ok
De B a C temos um semitom.......... mas deveríamos ter um tom de acordo com a fórmula.
Sustenizamos o C
De B a C# temos um tom.........ok
Continuando...
De C# a D temos um semitom........... ok
De modo que a escala completa fica assim:
D
D...E...F#...G...A...B...C#...D
Acorde menor:
No acorde menor, o esquema triádico é o mesmo. Basicamente, apenas mudamos o intervalo entre os graus.
Entre o I e o III graus devemos ter um intervalo de 3ª menor (1 tom e meio), e entre o III e o V graus devemos ter um intervalo de 3ª maior (2 tons). Ou seja:
Fórmula do acorde menor:
I grau >> 1 tom e meio >> III grau >> 2 tons >> V grau
Montando um acorde menor:
Cm
I grau: Dó
III grau: Mib
V grau: Sol
Vamos agora comparar com a fórmula:
Dó__Dó#__Ré__Mib
---ST-----ST---ST------------- 1 tom e meio
Mib__Mi__Fá__Fá#__Sol
---ST---ST---ST-----ST------------- 2 tons
Acorde diminuto:
O esquema triádico diminuto baseia-se em dois intervalos de 3ª menor dispostos em sequência.
Fórmula do acorde diminuto:
I grau >> 1 tom e meio >> III grau >> 1 tom e meio >> V grau
Formando acordes diminutos:
Cº ou Cdim
I grau: Dó
III grau: Mib
V grau: Solb
Entre as notas Dó e Mi, o intervalo é de 3ª maior. Como precisamos de um intervalo de 3ª menor, baixamos o III grau para Mib.
Dó__Dó#__Ré__Mib
---ST-----ST---ST------------ 1 tom e meio
Entre as notas Mib e Sol, temos um intervalo também de 3ª maior. Por isso, baixamos o V grau para Solb.
Mib__Mi__Fá__Solb
----ST--ST---ST------------ 1 tom e meio
Acorde aumentado:
O esquema triádico do acorde aumentado é muito parecido com o do acorde maior, tendo como única diferença a mudança do intervalo entre o III e o IV graus de 3ª menor para 3ª maior. Logo, temos uma tríade composta por dois intervalos de 3ª maior.
Fórmula do acorde aumentado:
I grau >> 2 tons >> III grau >> 2 tons >> V grau
Formemos um acorde:
Caum:
I grau: Dó
III grau: Mi
V grau: Sol#
Entre as notas Dó e Mi, temos uma diferença de 2 tons:
Dó__Dó#__Ré__Ré#__Mi
---ST-----ST---ST-----ST------------ 2 tons
Entre Mi e Sol há um intervalo de 3ª menor. Para combinar com a fórmula, aumentamos o V grau em um semitom, tornando-o Sol#:
Mi__Fá__Fá#__Sol__Sol#
---ST---ST----ST---ST------------- 2 tons
2 - Link para download
link: http://www.4shared.com/office/ocLoEKgp/-teoriaformacaoacordes.html
Se divirtam!
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